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Release

 Violeiro do Pantanal Mato-Grossense João Ormond

 

Violeiro mato-grossense, compositor, pesquisador e historiador formado pela Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT, há muito tempo decidiu fixar residência em Jundiaí/SP, com o intuito de levar a música de raiz pantaneira a outros cantos do país. É considerado pela crítica como um dos novos representantes da música regional brasileira.

 

A obra de João Ormond é uma das mais expressivas revelações da paisagem poético-musical do Mato Grosso, revelando uma hibridação de sons e composições que sintetizam o que há de mais fino na chamada música popular brasileira (MPB), arranjada no choro lírico da viola de pinho – não deixando esquecer, assim, aquilo que bem registrou o sociólogo e crítico literário Antonio Cândido: que o lençol caipira brasileiro partiu de São Paulo e se estendeu até as terras mato-grossenses.

 

Com um ponteado ímpar e harmônico, ele mostra a mistura da música cabocla com a música popular brasileira, destacando a viola como instrumento polivalente e universal; tocando modas e toadas, chamamés e guarânias, ritmos da fronteira mato-grossense.

 

A discografia de João Ormond tem como ponto de partida o CD “Rio Abaixo”, lançado em 1997, prenunciando uma trajetória musical cada vez mais definida e madura com o passar dos anos.

 

Seu segundo disco “Capins e Riachos” desembocou no fluxo dessa hidrografia musical em “Reduto de Violeiro”, seu terceiro CD, vindo à luz no ano de 2001. Este trabalho foi indicado ao prêmio “CARAS” de Música - 2001 na categoria melhor CD Regional, teve a música “Lá no Sertão”, gravada por Leci Brandão, e marca, definitivamente, sua intimidade com a viola caipira e um estilo que aparece em traços mais e mais expressivos.

 

Já em 2004, lança o CD “Viola Encantada”, um sólido cadinho onde se misturam e condensam iguarias da musicalidade e da poética característica da cultura brasileira, além de contar com a participação especial de “Pena Branca”.

 

O CD “Muito Longe Rio Acima” – 2008 marca a riqueza da música raiz pantaneira. Além da bela sintonia poético-musical entre Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, retratada na parceria com o grande compositor Paulo Simões, que também assina várias parcerias com Almir Sater.Em 2009, lançou o 6º CD “Pantanais” – Instrumental uma coletânea do mais refinado som de chamamé e guarânia. Em 2012, produziu o 7º CD de carreira “Quariterê”, uma homenagem à rainha negra do Pantanal – Tereza de Benguela, esse trabalho mostra de forma sintetizada toda a beleza poético-cultural e histórica do pantanal.

 

Neste ano (2014) finaliza, o CD “Tem Viola no Forró”, um trabalho que valoriza a cultura nordestina de um jeito criativo e inovador, tocando forró, arrasta-pé, xote ao som da viola caipira do mais puro requinte musical. Sem falar, no destaque da arte do Cd que reverencia o renomado artista plástico pernambucano, Severino Borges – que emprestou a sua arte – a xilogravura.

 

Recentemente foi curador e participante do Projeto “Pantanais – Mostra Itinerante da Cultura Pantaneira”, selecionado pela Natura Musical – 2012/2013 que circulou em várias cidades brasileiras.

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